Confiança e emoção são factores decisivos no turismo

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Conclusão do Fórum Lisgarante «Turismo: O Motor da Economia do Algarve»

A importância das relações de confiança e da componente emocional na gestão empresarial de projetos ligados à hotelaria e turismo foram as questões centrais do Fórum organizado pela Lisgarante, que decorreu em Vilamoura, no passado dia 30 de abril.

Perto de centena e meia de empresários, agentes ligados à banca e parceiros financeiros participaram no Fórum «Turismo: O Motor da Economia do Algarve», que decorreu em Vilamoura e que contou com a presença do Presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, Carlos Abade, do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal e Nuno Cavaco Henriques, Presidente da Comissão Excutiva da Lisgarante, entre outras individualidades.
A importância do turismo na economia do país e principalmente do Algarve foi realçada pelo Vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Carlos Abade, que considerou esta a região turística por excelência de Portugal.

Carlos Abade apontou o crescimento registado em 2015, com números recordes nas receitas turísticas, no número de hóspedes, no número de dormidas e nos proveitos da hotelaria. Destacou 2016 como um ano em que tudo aponta para novos recordes no Algarve, segundo os dados referentes a fevereiro: «Crescimento do número de hóspedes de 21,4%, crescimento das dormidas de cerca de 20%, crescimento dos proveitos da hotelaria a rondar os 22%». No entanto, o representante do Turismo de Portugal alertou para a necessidade de se criarem projetos inovadores e diferenciados e produtos capazes de quebrar a sazonalidade.

A visão mais humanista e emocional do turismo foi trazida pelo professor Carlos Cano Vieira da Universidade do Algarve. Perante uma plateia atenta, o docente destacou a importância da relação de confiança que é preciso estabelecer com o cliente, a necessidade de saber «sentir» para além de saber «fazer» e dos atuais desafios que exigem aos empresários que se superem e que pensem de forma diferente, usando a «inteligência emocional».
O mote estava dado e Desidério Silva, Presidente da Região de Turismo do Algarve, aproveitou para relembrar que a região algarvia acabou de ser distinguida com o prémio Marca de Confiança pelos leitores das Selecções do Reader´s Digest. «O sucesso da região tem haver com aquilo que temos vindo a consolidar porque não há nenhum destino turístico que sobreviva e que tenha capacidade de se mostrar e promover se não houver uma relação de confiança com esse destino», afirmou Desidério Silva.
As declarações do representante máximo do turismo algarvio aconteceram integradas no painel «Open Session» que decorreu após a apresentação dos produtos financeiros da Lisgarante por parte de Bruno Matias Piegas, Sub-Diretor Comercial da Lisgarante.
Fizeram ainda parte do painel, que foi moderado por António Tavares, Diretor Comercial da Lisgarante, Chitra Stern, do grupo Martinhal, João Soares, da Garrafeira Soares e Sidónio Correia, sócio da Zitauto. A importância da marca e da identidade do destino, a diferenciação dos produtos tendo em vista a oferta de uma experiência emocional única, a formação dos recursos humanos como forma de proporcionar um serviço de qualidade e excelência foram algumas das questões debatidas neste painel.
Na sessão de encerramento, o Presidente da Comissão Executiva da Instituição Financeira de Desenvolvimento, José Fernando Figueiredo fez questão de frisar que o setor do turismo tem uma enorme margem de crescimento e que por isso « a banca tem de saber estar presente e próximo dos clientes e do que estes precisam» e relembrou que «a garantia mútua tem de ser capaz de ajudar a construir sonhos».
A fechar o Fórum, Nuno Cavaco Henriques, Presidente da Comissão Executiva da Lisgarante, afirmou que a agência do Algarve tem 700 clientes ativos e que «a atividade tem-se mostrado consistente, registando um crescimento contínuo». Relembrando o tema do Fórum, Nuno Cavaco Henriques destacou o facto da garantia mútua ter a responsabilidade de dar resposta ao setor do turismo quando há investimentos em maior escala, quando são as PME promotoras do desenvolvimento, e que «esse é um dos desafios que temos porque queremos continuar a apoiar o crescimento dos clientes ligados ao turismo».

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