Família Schurmann regressa ao Brasil após volta ao mundo

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Mais de 2 mil pessoas receberam a Família Schurmann no último sábado, 10. O Veleiro Kat chegou à Marina Itajaí às 15h 25min e marcou o fim da Expedição Oriente, volta ao mundo de 812 dias.

_dsc1766No último sábado, 10, a Marina Itajaí, em Santa Catarina (Brasil), foi palco para a recepção da Família Schurmann que regressou da volta ao mundo de 812 dias – a Expedição Oriente. No local, foi montada uma estrutura para receber os tripulantes e contou com a participação de 2,3 mil pessoas, segundo a organização do evento. A chegada do veleiro Kat aconteceu às 15h 25min e foi aplaudida e comemorada por familiares, amigos, imprensa, fãs do desporte e da náutica num evento aberto ao público.
“Foi em Itajaí que nasceu nosso Veleiro Kat e estamos muito felizes em poder retornar. Foram 2 anos e 2 meses em alto mar. Visitamos lugares belíssimos,” disse o capitão Vilfredo Schurmann logo após a sua chegada na Marina Itajaí.
“Itajaí passou a ser nossa casa. Nosso veleiro Aysso já está ancorado aqui e durante o período em que o Kat ficar em Santa Catarina, também ficará na Marina Itajaí,” explica David Schurmann, diretor e produtor cinematográfico, responsável pelo planejamento e desenvolvimento da Expedição Oriente.
Para David Schurmann, a Marina Itajaí também oferece segurança e comodidade aos navegadores. “A Marina Itajaí é exemplo de estrutura com padrão internacional. Os trapiches são perfeitos e seguros, é um local protegido para deixar seu barco. Além disso, está no centro da cidade, o que para os navegadores em geral é algo muito positivo. Foram poucas as estruturas que vimos pelo mundo em que se tem algo parecido de tão fácil acesso para chegar e usufruir das atrações da cidade e seu entorno,” reforça.
Para o diretor operacional da Marina Itajaí, Carlos Oliveira “é uma grande honra receber a Família Schurmann e seu Veleiro Kat. Também é uma grande satisfação para a Marina Itajaí sediar grandes eventos náuticos como este e contribuir para o fortalecimento do polo náutico na cidade. Além da localização estratégica privilegiada, a escolha pela Marina Itajaí também justifica a nossa atenção à qualidade da estrutura e serviços prestados”, conclui.

_dsc1796Aventura pelo mar
“Um capitão não faz nada sem uma boa tripulação e se não houver o espírito de equipe. Enfrentamos muita dificuldade, ventos de até 100 km/h e ainda assim todos permaneceram muito firmes,” comentou o capitão Vilfredo Schurmann ao lado da esposa Heloísa Schurmann.
Momentos emocionantes marcaram a Expedição Oriente, como assistir de perto ao espetáculo das baleias na Ilha Moorea, na Polinésia Francesa, as paisagens encantadoras da Antártida e a chegada ao porto da China. A tripulação também se impressionou com a grande quantidade de lixo encontrada em alto mar, especialmente na Ásia e alertaram sobre a necessidade de medidas de proteção ambiental.
“Procuramos fazer a nossa parte. Dentro do Kat temos uma compactadora de lixo. O que nos permitiu produzir em 18 dias, sendo que estávamos em oito pessoas, um saco de lixo seco. Se cada um fizer um pouco poderemos ter mais esperança ao meio ambiente”, disse um dos tripulantes, Wilhelm Schurmann.

_dsc1919Família inspira outros velejadores
Mídia Silvestrini e Jorge Alberto Silvestrini vieram de Lages, SC, para participar do evento da chegada da Família Schurmann à Marina Itajaí. Após acompanharem a trajetória através da televisão e internet, o casal foi convidado para receber a tripulação num barco de apoio.
“Mesmo morando em Lages não poderia perder esse momento. Amo a Família Schurmann e tudo o que eles representam. Acompanhamos o processo de construção do Veleiro Kat e, depois disso, acabei me tornando uma das figurantes do filme “O pequeno Segredo”. Os conheci pessoalmente durante um evento náutico realizado aqui em Itajaí. Tinha que estar aqui para recepcioná-los. A emoção e a expectativa para esse encontro é muito grande”, relata Mídia Silvestrini.
Jorge Alberto Silvestrini além de engenheiro é velejador há 45 anos. “Sofri um naufrágio em 2014. Fiquei 36 horas a deriva. Foi uma experiência intensa e mesmo assim não desisti de navegar. A Família Schurmann serve de inspiração para todos nós pela sua determinação e espírito aventureiro. Através do exemplo deles e da assessoria que estão me dando estou me preparando para daqui há 6 ou 9 anos, viver a bordo de um veleiro”, conta Jorge Alberto.
Fotografias: Alexandre Zelinski
Mais informações: http://www.expedicaooriente.com.br/_dsc1877

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