Hubble comemora 27 anos com dois amigos próximos

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Este deslumbrante emparelhamento cósmico das duas galáxias espirais NGC 4302 e NGC 4298, muito diferentes, foi fotografado pelo telescópio espacial Hubble da NASA/ESA. A imagem captura brilhantemente o seu fulgor estelar cálido e acastanhado e o padrão mosqueado de poeira. Como uma demonstração perfeita das capacidades do Hubble, esta visão espetacular foi publicada como parte das comemorações do 27º aniversário do telescópio.

Copyright NASA/ESA/M. Mutchler (STScI)

Copyright NASA/ESA/M. Mutchler (STScI)

Desde o seu lançamento a 24 de abril de 1990, o Hubble tem sido nada menos que uma revolução na astronomia. A primeira instalação em órbita do seu género, durante 27 anos o telescópio tem explorado as maravilhas do cosmos. Tanto os astrónomos como o público têm testemunhado o que nenhum outro homem da história testemunhou. Além de revelar a beleza do cosmos, o Hubble provou ser um tesouro de dados científicos aos quais os astrónomos podem aceder.

A ESA e a NASA celebram o aniversário do Hubble todos os anos com uma imagem espetacular. A imagem do aniversário deste ano caracteriza um par de galáxias espirais conhecidas como NGC 4302 – vista de lado – e NGC 4298, ambas situadas a 55 milhões de anos-luz na longínqua constelação do norte de Coma Berenices (cabelo de Berenice). O par, descoberto pelo astrónomo William Herschel em 1784, faz parte do Aglomerado de Virgem, uma coleção ligada gravitacionalmente de quase 2000 galáxias individuais.

A galáxia vista dum plano lateral, NGC 4302, é um pouco menor do que a nossa própria galáxia Via Láctea. A inclinada NGC 4298 é ainda menor: apenas metade do tamanho da sua companheira.

Nos seus pontos mais próximos, as galáxias estão separadas uma da outra, em projeção, por apenas cerca de 7000 anos-luz. Dado este arranjo muito próximo, os astrónomos estão intrigados pela falta aparente de qualquer interação gravitacional significativa das galáxias; apenas uma débil ponte de gás hidrogénio neutro – não visível nesta imagem – parece estender-se entre elas. As longas caudas ondulantes e as deformações na sua estrutura, que são típicas de galáxias tão próximas uma da outra, estão completamente ausentes.

Os astrónomos encontraram caudas de gás muito fracas que fluem das duas galáxias, apontando aproximadamente na mesma direção – longe do centro do Aglomerado de Virgem. Propuseram que a dupla galáctica é uma chegada recente ao aglomerado e, atualmente, está a cair em direção ao centro do aglomerado e da galáxia Messier 87 que lá espreita – uma das galáxias mais maciças conhecidas. Nas suas viagens, as duas galáxias encontram gás quente – o intra-aglomerado médio – que age como um vento forte, removendo camadas de gás e poeira das galáxias para formar as caudas fluentes.

Mesmo no seu 27º ano de operação, o Hubble continua a fornecer imagens verdadeiramente espetaculares do cosmos e, mesmo quando a data de lançamento do seu companheiro – o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA – se aproxima, o Hubble não abranda. Em vez disso, o telescópio continua a levantar a fasquia, mostrando que ainda lhe resta muita observação por fazer e por muitos mais anos. Na verdade, os astrónomos estão ansiosos para ter o Hubble e o James Webb operacionais ao mesmo tempo, e usar as suas capacidades combinadas para explorar o Universo.
O Telescópio Espacial Hubble é um projeto de cooperação internacional entre a ESA e a NASA. Fonte: ESA

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