Pres. Aires Pereira indignado perante atitude do Governo face ao Porto de Pesca

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Em Sessão de Assembleia Municipal, realizada no passado dia 18 de setembro, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa do Varzim, Aires Pereira, voltou a manifestar a sua preocupação com a situação do Porto de Pesca da Póvoa de Varzim.
“O que se passou este verão é algo inadmissível. Considero inconcebível, mesmo para a Câmara Municipal, se fossemos nós chamados a essa responsabilidade, não conseguir, durante um ano, fazer um concurso de um milhão de euros, adjudicá-lo e pô-lo em funcionamento”.
“Não posso deixar de manifestar a minha preocupação relativamente ao que aí vem. A barra já está fechada e o inverno ainda não começou. Não posso deixar de exigir responsabilidades de quem tem a tutela da área. Eles têm que resolver a questão. E quando acontecer um incidente, não podem deixar de assumir as suas responsabilidades”, advertiu, acrescentando “numa altura em que toda a gente tem direito à indignação, acho que os responsáveis políticos por esta área também se deviam indignar por não serem capazes de fazerem isto”.
O Presidente esclareceu que “o concurso chegou a ser lançado, já muito tarde, e não ficou concluído a tempo de ser executado. Já para agilizar este processo, evitando investimentos de maior envergadura, sempre defendi que se fizesse alguma coisa do que não se fizesse nada”.
Insatisfeito, transmitiu: “não posso aceitar esta situação e tenho que naturalmente ser solidário com os nossos pescadores e com o tecido económico da Póvoa de Varzim que depende da pesca”.
Sobre a possibilidade de intervirem agora, Aires Pereira considera: “apesar das condições climatéricas já não serem as ideais, era preferível que concluíssem o processo, fizessem a adjudicação, que a draga viesse para o Porto e que estivesse aí à espera de janelas de oportunidade para intervir. Isto até para não perdermos o cabimento e não termos que passar a janeiro a voltar a percorrer esta via-sacra. Era preferível que concluíssem o processo e a draga esteja cá mesmo que não tenha condições para operar e, nas primeiras oportunidades, possa trabalhar”.
Caso isto não aconteça, o Presidente teme que “a praia que tem junto ao primeiro cais se estenda mesmo até à entrada da barra e aí, definitivamente, ficamos sem porto”.

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