Campeonato do Mundo Rolex TP52 em Cascais

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O Campeonato do Mundo Rolex TP52 anual representa o auge da vela de monocascos de alto desempenho. Realizado como o evento principal da 52 Super Series — da qual a Rolex é também Cronometrista Oficial —, esta regata é uma das mais prestigiadas do desporto. Vencer é altamente cobiçado. Sair triunfante no final de uma exigente semana de competição é considerado um feito excecional e motivo de imenso orgulho para a tripulação vencedora.

A edição de 2025 reafirma o compromisso da Rolex em celebrar a excelência. Esta prova emblemática conta com o apoio da relojoeira suíça desde 2017 e faz parte de uma relação mais vasta com o mundo da vela que teve início há quase 70 anos.

Este ano, o campeonato do mundo realiza-se ao longo de cinco dias, com um máximo de 10 regatas, a partir de 2 de julho. Pela terceira vez numa década, o anfitrião será o Clube Naval de Cascais, Portugal — um dos vários clubes náuticos de renome que sustentam a parceria privilegiada da Rolex com este desporto.

Equipas representando uma ampla diversidade de países, incluindo França, Alemanha, Hong Kong, Itália, África do Sul, Tailândia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, irão disputar o título. Todas são altamente competitivas, lideradas por proprietários experientes e empenhados, e compostas por alguns dos melhores profissionais da vela mundial. É comum várias equipas vencerem regatas ao longo do evento, com o campeão a ser decidido nos momentos finais da última prova.

Tom Slingsby

Tom Slingsby, Testemunho Rolex e três vezes Velejador do Ano Rolex, já competiu duas vezes na regata e conhece bem as suas exigências “No Campeonato do Mundo Rolex TP52 não se pode deixar nada ao acaso. A frota é extremamente competitiva e a margem entre o sucesso e o fracasso é mínima. Para vencer, é preciso manter um nível altíssimo de consistência ao longo de toda a série de regatas. Isso exige disciplina e resiliência. Não há espaço para erros — nem sequer numa única regata. É o tipo de competição que adoro: intensa, renhida e brutalmente honesta. Se queres vencer este campeonato, tens de estar totalmente focado a cada segundo.

Todas as tripulações competem com iates de alto desempenho de 52 pés (15,85 metros) e partilham a mesma ambição: serem os melhores. Isso exige preparação meticulosa da embarcação e da equipa, compreensão detalhada e instintiva da zona de regata, e uma determinação inabalável em cada prova.

Robert Scheidt

As campanhas exigem tempo, recursos e paixão. Robert Scheidt, antigo Velejador do Ano Rolex e tricampeão olímpico, que já participou como tático no evento, afirma que todos os 12 tripulantes de cada embarcação precisam de dominar a tomada de decisões, otimizar a velocidade e executar manobras com precisão “O Campeonato do Mundo Rolex TP52 é provavelmente o evento mais difícil de vencer na vela de monocascos. O nível de detalhe no design de cada barco, vela e equipamento está no topo. A qualidade da tripulação e a tecnologia envolvida tornam-no num jogo de margens mínimas — e, por isso mesmo, extremamente desafiante de ganhar.

Reunir a melhor equipa e chegar ao campeonato na melhor forma é apenas uma parte do caminho para a vitória. Quando entram na água, a tensão aumenta e a pressão não deixa espaço para relaxar. Slingsby destaca a importância da comunicação a bordo “Aprendi que a precisão na comunicação é tudo quando se compete em equipa. No Rolex TP52 World Championship isso significa manter a linguagem clara, para que as manobras sejam precisas e todos saibam o seu papel, especialmente nos momentos de maior pressão.

A edição do ano passado foi a primeira fora das águas europeias, em Newport, Rhode Island, nos EUA. Para a equipa vencedora, Gladiator, a vitória foi o culminar de uma busca de 10 anos. Este ano, quatro antigos campeões estarão presentes: American Magic Quantum Racing, Platoon Aviation, Sled e os já referidos Gladiator. Para triunfar, terão de enfrentar não apenas uma frota de alto nível, mas também o ambiente excecional de navegação ao largo de Cascais. Situado na costa atlântica portuguesa, o local traz condições desafiantes de vento e mar. Scheidt, que já competiu nesta zona, comenta “Um dos fatores mais importantes no Campeonato do Mundo Rolex TP52 de 2025 será competir no Atlântico. As tripulações vão enfrentar ondulação oceânica e mais vento do que noutros locais. Estas condições exigem ainda mais destreza na manobra dos barcos.

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