A próxima transição oferece novas oportunidades ou ameaças!

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A frota da Volvo Ocean Race está prestes a superar outra zona de transição, ventos muito fracos e instáveis, que vão tornar esta passagem lenta e dolorosa.

Este é o primeiro sinal do que parece ser um cruzamento dos Dolddrums muito pouco habitual. Como sempre, a transição para o hemisfério sul oferece boas oportunidade para alguns e problemas para os outros.
No lado dos problemas, está o SHK / Scallywag, ainda mais para oeste, que atualmente está com dificuldades em avançar. Eles vieram a perder milhas nas últimas 24 horas e passaram do segundo para o quinto lugar, quase 50 milhas atrás do líder, o AkzoNobel.
Alerta para o Scallywag, enquanto voltam a perder milhas para o líder no relatório das 13:00 UTC, todos os outros barcos da frota estão a recuperar, já que o AkzoNobel foi o primeiro a chegar à zona de transição.
“É tudo sobre onde estamos posicionados na frota em direção aos Doldrums”, disse o skipper do Scallywag, David Witt. “Será interessante, ver se alguém aponta o seu barco para cima ou para baixo para tentar mudar a sua posição”.
“Nós vamos ganhar para alguns e perder para outros”, disse o skipper do AkzoNobel, Simeon Tienpont. “É um grande desafio para nós (na frente). Nós fazemos escolhas e os que nos seguem podem ver se elas funcionam ou não. Os modelos climáticos não contabilizam os efeitos locais, e isso é o ponto vulnerável para nós”.
O objetivo, como sempre, é ser o primeiro a entrar nos Doldrums, e depois o primeiro a sair e voltar para os ventos alísios do hemisfério sul, que levarão a frota para a Nova Zelândia.
Existem algumas opiniões divergentes sobre as condições de navegação nas últimas 24 horas. Para o Turn the Tide on Plastic, para a skipper Dee Caffari, é tudo sobre ir rápido:
“Atualmente, temos condições incríveis, sempre a andar, com água por todo o lado. É como ter um balde de água atirado para cima de nós a cada minuto, exceto que é água salgada e não um bom banho de espuma!”
Mas no Team Brunel, Kyle Langford diz que a velocidade tem um custo – as condições a bordo são brutais.
“É muito mau dentro do barco. Abana muito e é difícil de dormir. A temperatura da água é de quase 30 graus, então é muito quente por dentro”, diz ele. “É difícil ficar confortável. Além disso, o barco navega com 30 nós de vento. É muito desconfortável.
“O lá fora é melhor, mas não por muito. O pior é a água salgada, que queima os olhos. Estamos todos a usar óculos de esqui. O lado bom, é que estamos a fazer milhas rapidamente. São condições difíceis, mas velozes.
“Eu mal posso esperar pelos Doldrums. Todo o meu equipamento está molhado, estou ansioso por secar, descansar bem, estar calmo e recarregar as baterias”.
Com o equador e os Doldrums que se aproximam rapidamente, os seus desejos vão tornar-se realidade, em breve.

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