Apresentados os primeiros recifes de coral-laranja da Europa no Porto Marina del Este

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Através do programa pioneiro MedCoral, promovido pela Associação Hombre y Territorio (HyT), foram transplantadas mais de 6.000 colónias de coral-laranja, todas elas com uma taxa de sobrevivência de 100%.

O Grupo Marinas del Mediterráneo, concessionário do Porto de Recreio Marina del Este, acolheu a apresentação dos resultados de um projeto inovador e pioneiro na Europa: a criação dos dois primeiros recifes de coral-laranja (*Astroides calycularis*) na costa do Parque Natural dos Arribas de Maro-Cerro Gordo. Esta iniciativa foi promovida pela Associação HyT através do programa MedCoral, com o apoio da Imagin e da CaixaBank.

Com este ato, o Grupo Marinas del Mediterráneo reforça o seu compromisso com a proteção do meio marinho e a sustentabilidade dos seus portos, apoiando projetos que geram um impacto positivo direto na biodiversidade em geral e, em particular, na sua área de influência.

Um projeto pioneiro na Europa
O coral-laranja, espécie endémica do Mediterrâneo e atualmente ameaçada, sofreu um forte declínio nas últimas décadas. Os recifes criados pelo MedCoral apresentam resultados muito positivos: foram transplantadas mais de 6.100 colónias, todas com 100% de sobrevivência.

Durante as campanhas de 2023 e 2024 foram igualmente semeadas mais de 4.000 larvas de coral, com uma taxa de fixação de 17%, dando origem a novas colónias.

A biodiversidade da zona aumentou de forma notável: a fauna associada aos recifes passou de 33 para 141 espécies, incluindo meros, salmonetes e robalos, de grande interesse pesqueiro. Além disso, foi documentada pela primeira vez a reprodução natural de colónias transplantadas, um marco histórico na recuperação do coral-laranja no Mediterrâneo.

Um compromisso traduzido em ações
O envolvimento do Grupo reflete-se também em medidas próprias, como a instalação de micro-recifes artificiais no interior do Porto de Recreio Marina del Este. Estas estruturas, que reproduzem o comportamento de um recife natural, foram concebidas para se integrarem na infraestrutura portuária sem afetar a sua atividade.

Servem de refúgio a várias espécies marinhas, atraem microfauna e contribuem para a captura de dióxido de carbono, ajudando assim a regenerar o ecossistema local.

Na Marina del Este e em todo o Grupo Marinas del Mediterráneo trabalhamos para que os nossos portos sejam espaços onde a atividade náutica e a conservação do meio marinho caminham lado a lado. Por isso apoiamos e damos visibilidade a projetos científicos e ambientais que reforçam a sustentabilidade do nosso entorno”, destacou Manuel Raigón, diretor-geral do Grupo.

A apresentação, realizada na Marina del Este, contou com representantes da Administração Pública, universidades, centros de investigação e empresas comprometidas com a conservação marinha. O projeto afirma-se assim como um modelo a replicar noutras zonas do Mediterrâneo.

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