Mcmurdo – Transmissor de emergência salva tripulação do Kratos

Um transmissor de emergência para localização pessoal da Mcmurdo salvou o proprietário e três tripulantes de um barco Swan 44 de um incêndio. O FastFind PLB (personal locator beacon) estava na posse do skipper Matt Sillars, que afirmou “andar sempre com ele no bolso”.
O Kratos pegou fogo depois de um curto-circuito num sistema de extracção e a tripulação abandonou imediatamente o barco assim que se deparou com uma nuvem de fumo de grandes dimensões, entrando num barco salva-vidas. Apesar de terem enviado um pedido de socorro via VHF, a chamada não foi correctamente interpretada. Os tripulantes começaram a temer o pior quando descobriram ainda uma válvula com defeito no salva-vidas. Foi nessa altura que Matt decidiu activar o transmissor de emergência que havia comprado há um mês. Conseguiu enviar rapidamente um sinal de emergência através da Kinloss, uma estação de rádio, que depois foi enviada para a guarda costeira de Falmouth através do telefone de satélite da guarda costeira de Solent. A chamada validou o sinal que tinha partido da Radiobaliza Fastfind PLB, apressando a operação de salvamento, que demorou cerca de três horas. A guarda costeira utilizou as coordenadas emitidas pelo equipamento para salvar a tripulação.
“Ficámos extremamente satisfeitos quando vimos a embarcação da guarda costeira a chegar, apesar de ter passado por nós várias vezes antes de nos encontrar”, afirmou Matt Sillars. A tripulação tinha estado a tentar afastar-se do iate, temendo que a libertação de gás ou de combustível pudesse originar uma explosão.
Jeremy Harrison, da Mcmurdo, salientou que “é mesmo desta forma que a radiobaliza deve ser utilizada, para salvar vidas. O Matt tinha-o no bolso, o que significa que, no calor do momento, tinha o equipamento certo com ele. O barco demorou três minutos a ser evacuado, deixando pouco tempo para retirar equipamento dos decks inferiores”.
Matt Sillars é um instrutor profissional da RYA YachtMaster e um skipper experiente, enquanto o proprietário David Fuller, o co-skipper Jim Prendergast e Rob Cunningham são velejadores com prática. No entanto, não obstante terem cumprido todos os procedimentos de segurança, enfrentaram uma miríade de dificuldades: transmissões VHF entrecortadas, uma bateria sem carga num aparelho portátil de VHF e problemas em manter um sinal durante a realização de uma chamada via satélite, para não falar das falhas no salva-vidas. A tripulação teve sangue frio para fechar todas as portas e escotilhas enquanto abandonava o barco, o que levou o fogo a auto consumir-se, provavelmente. Mais tarde, o Kratos acabou por ser salvo por um barco de pesca, esperando-se agora que seja reparado.