A European Boating Industry (EBI) tomou nota do anúncio sobre comércio feito pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo. O anúncio traz previsibilidade e estabilidade antes da importante época de salões náuticos na Europa.
Embora evite o pior de uma guerra comercial prejudicial, o aumento das tarifas para 15% será extremamente desafiante para muitas empresas e PME na Europa. Até ao anúncio dos EUA em abril, as tarifas norte-americanas situavam-se maioritariamente entre 1% e 2%, permitindo uma relação comercial em pé de igualdade. As exportações de embarcações de recreio para os EUA em 2023 rondaram os 1,8 mil milhões de dólares, sendo que os custos adicionais resultantes destas novas tarifas ascenderão a dezenas de milhões. Este cenário também cria o risco de uma relação comercial desequilibrada entre a UE e os EUA, afetando negativamente a competitividade europeia.
Philip Easthill, Secretário-Geral da EBI, comentou “Os EUA são o mercado de exportação mais importante para a indústria náutica de recreio na Europa. A estabilidade e previsibilidade são vitais, mas igualmente essencial é um ambiente comercial sustentável para as empresas. Este acordo não é suficiente. A tarifa de 15% representa sérios desafios para as empresas europeias. Apelamos à Comissão Europeia para que use este anúncio como base para negociações sectoriais adicionais e tenha em consideração as necessidades de indústrias com forte dependência das exportações, como é o nosso caso.
Estamos comprometidos em trabalhar com os nossos membros para enfrentar estes desafios e continuar a defender os melhores interesses do setor náutico europeu. A UE e os EUA devem concentrar-se na redução de barreiras ao comércio transatlântico, o que trará benefícios significativos para as empresas e para o emprego em ambos os lados do Atlântico.”
Adicionalmente, é necessário criar um melhor enquadramento regulatório para desenvolver o mercado europeu, reduzir a burocracia e apoiar o setor em todas as áreas – desde o comércio ao investimento, passando pelas políticas ambientais e industriais.
O texto do acordo ainda não foi publicado e a EBI fará uma análise mais aprofundada numa fase posterior. A EBI continuará em diálogo constante com as instituições da UE.