A Maxi Yacht Rolex Cup reúne alguns dos melhores iates do mundo, combina-os com talento de vela de elite e coloca-os a competir num dos cenários mais deslumbrantes que a vela tem para oferecer. Realizada pela primeira vez em 1980, a regata é patrocinada pela Rolex desde 1985. Esta relação ligou o relojoeiro suíço à classe maxi durante 40 anos e, sob a orientação do clube fundador, o Yacht Club Costa Smeralda (YCCS), em colaboração com a International Maxi Association (IMA), o evento continua a inspirar.
A edição de 2025 contou com dois títulos mundiais, condições desafiantes e um nível de competição elevado até aos últimos momentos.
Com vento a menos ou vento a mais a interromperem o ritmo das regatas — mas de forma alguma a diminuir o espetáculo — o YCCS merece ser felicitado por proporcionar às tripulações o que mais desejam: a oportunidade de demonstrar as suas crescentes capacidades. O último dia foi perfeito, com céu azul e um Mistral a variar entre 10 e 18 nós, oferecendo as condições que fazem da Costa Smeralda um local de regata tão famoso.
Os vencedores após cinco dias de competição foram:
– Galateia, co-propriedade de David Leuschen e Chris Flowers, que garantiu o Campeonato do Mundo Rolex IMA Maxi 1 no desempate frente ao vencedor do ano anterior, Leopard 3
– Django 7X, de Giovanni Lombardi Stronati, no Rolex IMA Maxi Grand Prix Championship
– Oscar 3, de Aldo Parisotto, na classe Maxi 3
– H2O, de Riccardo de Michele, e Moat, de Juan Ball, ambos com pontuação perfeita, nas classes Maxi 4 e Super Maxi, respetivamente.
Para o Django 7X, a edição de 2025 da Maxi Yacht Rolex Cup foi um verdadeiro teste de fogo para um barco novo, competindo contra nomes como Bella Mente, Jethou e Proteus, todos eles vencedores de classe em edições recentes. Com um título mundial em jogo, até a tripulação minimizava as expectativas antes da competição. Contudo, a tripulação italiana raramente falhou, terminando todas as regatas no pódio e garantindo uma vantagem de dois pontos sobre o Jolt.
O tático Vasco Vascotto foi o porta-voz da emoção da equipa, expressando-se efusivamente no cais “Sentimo-nos muito gratos pelo que aconteceu, é incrível. Isto só foi possível porque somos uma equipa — é impossível conseguir algo assim sozinho. Cada pessoa envolvida deu o seu máximo desde o início: dos designers à equipa de terra, a todos.
Na última regata sabíamos que todas as outras equipas iriam lutar até ao fim e que teríamos de fazer o mesmo. Essa foi a nossa melhor prestação do ano. No fim, tudo se decidiu em poucos segundos e podemos estar orgulhosos. Vencemos tripulações muito fortes e deixamos aqui os parabéns a todas elas pelo esforço que fizeram e por tornarem esta vitória tão especial.”
Para o Galateia, vencer um título mundial na Maxi Yacht Rolex Cup contra concorrência tão formidável é também uma realização impressionante. O iate já tinha vencido a sua classe na Maxi Yacht Rolex Cup em 2017 e 2023, mas esta conquista teve outro sabor. Competiu contra uma frota que combinava vencedores comprovados e barcos novos e inovadores, com pressão máxima desde o início. As duas últimas regatas foram particularmente emocionantes, com o título mundial a trocar de mãos entre duas ou três embarcações até aos últimos segundos. O tático Murray Jones confirmou como tudo esteve em aberto até ao final “Foi super, super renhido. Começámos o dia com uma ótima primeira regata, que nos deu alguma margem, mas a primeira bolina da segunda regata correu-nos muito mal — passámos a primeira boia numa posição difícil e tivemos de puxar a fundo para recuperar lugares na frota. Só na última popa conseguimos passar o Magic Carpet 3, e isso foi crucial para a vitória. Foi tudo muito apertado e só soubemos que tínhamos ganho quando saíram os resultados.”
Para o YCCS, fundador da Maxi Yacht Rolex Cup em 1980, esta foi também uma edição especial. Marca o 40.º aniversário da Rolex como patrocinador principal — prova de uma abordagem partilhada na busca pela excelência. É igualmente a primeira edição desde o falecimento do fundador do clube, Sua Alteza o Aga Khan IV, ocorrido em fevereiro. O comodoro do YCCS, Andrea Recordati, comentou “A 35.ª edição da Maxi Yacht Rolex Cup chegou ao fim após uma semana intensa, que contou acima de tudo com vela ao mais alto nível. Quero felicitar os vencedores e deixar um agradecimento especial à Rolex, com quem temos o orgulho de celebrar 40 anos de patrocínio principal desta grande regata, unidos pela paixão pela vela e pelos valores que a definem. Este ano teve ainda um significado especial com a criação de um novo troféu em memória de Sua Alteza o Aga Khan IV, fundador do YCCS. O prémio será entregue anualmente a partir da próxima edição da Maxi Yacht Rolex Cup.”
A Maxi Yacht Rolex Cup realiza-se num dos cenários de vela mais espetaculares do planeta. As águas esmeralda, os recortes rochosos e os ilhéus dispersos do Arquipélago de La Maddalena, na Sardenha, criam um palco de competição desafiante. Mas o evento é o resultado de muito mais: o clube organizador garante o mais alto nível de gestão de regata, o patrocinador principal orgulha-se da sua longa associação à prova, as tripulações incluem alguns dos melhores velejadores do mundo e os iates representam o equilíbrio perfeito entre potência, velocidade, inovação e elegância. Com atributos assim — e o nível de competição demonstrado ao longo da última semana — o futuro do evento está bem assegurado.
