A Rosetta está quase a acordar

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Copyright ESA–C. Carreau/ATG medialab
A 20 de janeiro, de 2014, depois de 957 dias de hibernação no espaço profundo, a nave-perseguidora-de-cometas da ESA, Rosetta, irá acordar automaticamente e em rota com o destino que vem perseguindo há quase uma década.

Na preparação para a delicada ativação pós-hibernação e para os desafios que a Rosetta terá de enfrentar durante o próximo ano, a ESA e os seus parceiros convidam os jornalistas para uma reunião com cientistas e técnicos da missão na terça-feira, 10 de dezembro, entre 09:00-11:30 (hora de Lisboa), no Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC, na sigla inglesa) da ESA, em Darmstadt, Alemanha.
O dia 20 de janeiro marcará o início de um ano intensivo para a Rosetta, pois a nave estará cada vez mais próxima do cometa Churyumov-Gerasimenko antes do encontro “cara a cara” em agosto. Depois de mapear extensivamente a superfície do cometa, a Rosetta irá enviar o lander Philae em novembro para um estudo detalhado do núcleo.
A Rosetta seguirá então o cometa na sua jornada através do Sistema Solar interior, monitorizando as constantes mudanças das condições envolventes, já que a nave irá aquecer quando estiver mais próxima do Sol, o que acontecerá em agosto de 2015.
O principal objetivo da Rosetta é ajudar a compreender a origem e evolução do Sistema Solar, em particular investigar o papel que os cometas podem ter desempenhado em semear a água na Terra e, talvez, até mesmo a vida.

Estreias da ESA com a missão Rosetta
A Rosetta introduz várias inovações na exploração espacial. É a primeira missão a navegar para além do cinturão de asteróides que depende exclusivamente de células solares para a geração de energia, permitindo que a nave opere a 800 milhões de quilómetros do Sol.
Uma vez chegada ao seu alvo, a Rosetta será a primeira nave a orbitar um cometa e a pousar uma sonda no seu núcleo, tornando-se uma das missões mais complexas e ambiciosas já realizadas.
A aproximação, a órbita e a atracagem exigem manobras delicadas e uma vez que se sabe muito pouco sobre a superfície do cometa, uma atracagem segura só pode ser planeada após a chegada.
O lander Philae irá obter as primeiras imagens tiradas sobre a superfície de um cometa e vai fazer a primeira análise local da composição de um cometa através de perfurações na sua superfície.
Finalmente, a Rosetta será a primeira nave espacial a testemunhar, a curta distância, como é que um cometa se altera quando é submetido ao aumento da intensidade de radiação solar.

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