CIM Alto Minho promoveu semana dedicada à Náutica e ao Património Marítimo

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O potencial económico do turismo náutico, em particular da região do Alto Minho, esteve uma vez mais em destaque nas jornadas internacionais sobre a “Economia do Mar”, promovidas na terceira semana de novembro pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho).No dia 20 realizou-se o seminário “Como valorizar a Cultura e Património Marítimo: Instrumentos e Experiências”, em Viana do Castelo, no âmbito do projeto transfronteiriço PROAMARE – Proteção Ativa do Património do Mar, cofinanciado pelo POCTEP (Programa Cooperação Transfronteiriça Espanha/Portugal 2007-2013), no qual a CIM Alto Minho é um dos parceiros, permitindo a identificação e a valorização dos recursos e património marítimo do território. No dia 21, teve lugar a conferência “Náutica 2020”, em Vila Praia de Âncora, sobre o projeto Centro de Mar, cofinanciado pelo ON.2 – O Novo Norte, um projeto que visa a afirmação do Alto Minho “como região atlântica de excelência” e que possibilitou a construção de diversos equipamentos náuticos com um valor de investimento de cerca de 10 M€ e a dinamização de uma rede alargada de atividades e desportos náuticos.
Estas jornadas serviram como ponto de encontro entre empresas, especialistas e instituições vocacionadas para os assuntos do Mar ou relacionadas com o sector náutico. O enquadramento da estratégia nacional para o mar ao nível dos vários instrumentos financeiros que vão ser disponibilizados no próximo ciclo de fundos comunitários e as oportunidades e desafios que se colocam ao sector foram as principais temáticas abordadas. “Há um mundo de oportunidades no próximo período de programação. É preciso que os agentes económicos e sociais reajam ao estímulo, que contribuam e participem”, sublinhou João Fonseca Ribeiro, diretor-geral da Política do Mar, um dos oradores convidados para a conferência do dia 21. Além disso, foram apresentadas diversas experiências de desenvolvimento da náutica e de valorização do património marítimo, quer no território regional e nacional, quer na vizinha Galiza e na região francesa de Finistère.
A inovação e a orientação dos projetos para resultados tangíveis; a cooperação alargada entre diferentes atores (públicos, privados e sociedade civil), no sentido de reforçar a escala de intervenção (no plano transfronteiriço e no espaço atlântico); a aposta na internacionalização/exportação de produtos e numa estratégia de promoção e marketing ao nível internacional; a recuperação e, sobretudo, a dinamização e rentabilização do património marítimo (importância do “uso social” do património); a preservação da identidade marítima das localidades costeiras mantendo as atividades artesanais; foram algumas das “condições de sucesso” de projetos e produtos relacionados com a fileira náutica apontadas pelos diversos oradores participantes. Os dois eventos incluíram ainda diversos momentos de debate público bastante enriquecedores, com empresários e agentes de animação turística a colocarem questões pertinentes e a darem contributos para o desenvolvimento da náutica no Alto Minho.
No seguimento dos projetos PROAMARE e Centro de Mar, prevê-se que o Alto Minho dê sequência ao desenvolvimento da sua estratégia de valorização económica da sua fileira náutica no ciclo de programação 2014-2020, envolvendo ações, como por exemplo, a valorização de uma rede de infraestruturas complementares de suporte à náutica de recreio; a construção e concessão da marina atlântica de Viana do Castelo; a capacitação das empresas do sector; a certificação dos principais serviços e infraestruturas associadas à náutica; a promoção e alargamento de atividades náuticas em contexto escolar; a captação e organização de grandes eventos náuticos; e a promoção e marketing do turismo náutico da região no estrangeiro. Fonte: CIM Alto Minho

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