“Ainda vamos a tempo de mudar de rumo!”
Os Estados-Membros da União Europeia votaram a favor da proposta da Comissão Europeia para introduzir medidas comerciais de retaliação contra os Estados Unidos, em resposta às tarifas norte-americanas sobre o aço e o alumínio. Mais uma vez, as embarcações de recreio foram incluídas como dano colateral não relacionado. A decisão completa, com a lista dos produtos abrangidos, será publicada nos próximos dias, estando as tarifas sobre produtos dos EUA previstas para entrarem em vigor a partir de 15 de abril de 2025. De acordo com informações da European Boating Industry (EBI), as embarcações de recreio e determinados equipamentos (velas, coletes salva-vidas e auxiliares de flutuação) estão incluídos com tarifas entre 10% e 25%.
A EBI opõe-se fortemente à aplicação de tarifas sobre embarcações de recreio e respetivos equipamentos. A indústria náutica está globalmente integrada, sendo a Europa e a América do Norte os maiores mercados, com uma forte especialização. Estas tarifas prejudicam os negócios, travam o crescimento económico, colocam empregos em risco e afetam particularmente as PMEs, que constituem a espinha dorsal da indústria náutica.
Aplaudimos a redução da tarifa máxima de 50% para 10-25%, conforme defendido pela indústria. No entanto, a decisão de manter as embarcações de recreio na lista coloca empresas e empregos europeus diretamente em perigo. A EBI apela à UE para que mude de rumo e retire as embarcações de recreio da lista, de forma a proteger os melhores interesses da União Europeia.
Continuamos a apoiar uma solução negociada com os Estados Unidos, e a EBI está disponível para contribuir com propostas que promovam o sucesso mútuo da indústria náutica de recreio. A eliminação permanente das tarifas sobre embarcações e equipamentos de recreio apoiaria o crescimento económico, o emprego e o investimento de ambos os lados do Atlântico.
A EBI manterá um diálogo próximo com as instituições da UE. A indústria náutica de recreio, distintamente “Made in Europe”, é composta por mais de 32.000 empresas e emprega diretamente mais de 280.000 pessoas. Mais de 96% das empresas do setor são PMEs.
