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Terminou, no início de Setembro, o Campeonato do Mundo de Laser SB3, prova que contou com os melhores velejadores do mundo, que, durante cinco dias, cumpriram 14 regatas ao largo de Cascais. Um Mundial organizado pelo Clube Naval de Cascais.
Sem nunca perder o primeiro lugar, a tripulação inglesa de Craig Burlton sagrou-se Campeã do Mundo em Laser SB3. Adam Healley e Stephen White, os tripulantes que levava a bordo, receberam os maiores elogios pela sua prestação no mar. São muito bons velejadores, foram fantásticos e permitiram que fossemos os melhores do mundo. Devo dizer também uma palavra aos nossos adversários que nos levaram a discutir até à última regata o título. Foram percursos muito bem montados, a Comissão de Regatas está de parabéns e com adversários muito fortes. Todos os velejadores que estavam na linha de largada podiam ser vencedores, todos são de excepção, afirmou Craig em clima de festa.
O Vice-Campeão veio da África do Sul, uma tripulação que tinha ao leme Roger Hudson e que desde a primeira regata mostrou ser um habitual vencedor. Os ventos de Cascais não são fáceis, está sempre a soprar a nortada e há muita vaga mas conseguimos adaptarmo-nos muito bem. A semana anterior em que cumprimos o Troféu Quebramar/Chrysler serviu de treino para este Mundial. São todos muito bons e foi difícil controlar a frota. Quero também falar da forma como fomos recebidos, que foi excelente, e do tempo e de Cascais. Todos foram muito simpáticos connosco. O Clube está de parabéns por esta organização, afirmou Roger Hudson.
A terceira posição foi conquistada por outra tripulação sul-africana, comandada pelo pai de Roger, David Hudson. O City of Cape Town, com Neil Malan, Wendisite Xayimpi e Jamie Waters a bordo permaneceu sempre nos lugares cimeiros ameaçando a supremacia do Gill Race Team.
Quando foi dada a primeira largada do dia os ingleses liderados por Jerry Hill e os sul-africanos que tinham ao leme David Hudson contavam apenas com 6 pontos de diferença. Nas duas regatas cumpridas neste último dia de competição os velejadores da África do Sul levaram a melhor e subiram ao pódio, enquanto o 3 sad old Blokes ficou em quinto lugar, logo atrás do Zimmer do britânico Mike Budd.
Mas a grande surpresa deste Mundial de Laser SB3 foi a tripulação portuguesa do Black Bird/Capital Moura formada por Filipe Silva, Joaquim Moreira e Pedro Costa Alemão. A equipa lusa conseguiu manter-se, durante os cinco dias do Campeonato Mundial, sempre entre os oito primeiros, lutando lado-a-lado com equipas olímpicas e com títulos mundiais. O grande desempenho destes velejadores deixa-os confiantes no futuro e determinados a disputar o próximo Mundial de Laser SB3 que no próximo ano se realiza na Austrália.
Entretanto, a melhor tripulação feminina foi a de Piedade Colaço, Diana Caldeira, Ariana Nunes e Luisa Figueiredo, do Clube Naval de Cascais, ao ocuparem o 44º lugar. Dois postos abaixo ficou a equipa de Vanessa Batista (Telma Miranda, Inês Soares e Mariana Freitas). Recordamos que a falta de peso das velejadoras é habitualmente um handicap. Para obter boas performances a média de peso deve ser 270Kgs, situação que fica bem longe das jovens velejadoras.
