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 Os satélites asseguram as passagens seguras através das águas traiçoeiras pejadas de icebergues durante a Volvo Ocean Race.
Os veleiros participantes na Volvo Ocean Race rondaram o Cabo Horn na 4ª perna desta regata à volta do mundo com segurança graças à ajuda dos satélites que os levaram para longe dos icebergs perigosos.
Todas as pernas desta regata têm os seus perigos mas a 4ª perna é sem dúvida a mais perigosa. Os veleiros enfrentam tempestades a 50 nós e muito mar e gelo e se algo de mais complicado acontece a ajuda possível está a muitas horas de distância.


A empresa Canadiana C-Core fornece informações após observação da terra e fez um reconhecimento antes do início da 4ª perna da Volvo Ocean Race a todas as zonas do Oceano Setentrional já conhecido por albergar icebergues. Os dados foram transmitidos pelo Envisat da Esa e pelos satélites Radarsat-1 da Agência Espacial Canadiana (CSA).
Em apenas algumas horas de recolha de dados com Synthetic Aperture Radar (SAR), a C-Core recebeu e processou esses dados utilizando um software especializado de detecção de icebergues. Os resultados, que incluíram os icebergues detectados, tamanho e forma bem como informações relacionadas com a latitude e longitude foram encaminhados para Bedford que por sua vez passou a informação às tripulações.
O serviço dado pela C-Core foi duma grande ajuda permitindo estabelecer rotas que afastaram as tripulações do gelo e à largada já tinham alguma ideia donde se poderiam encontrar estes obstáculos.
Esta foi uma ajuda grande para os velejadores que ainda assim tinham que estar muito atentos a pequenas porções que de tempos em tempos se desligam da massa principal e que pelo seu tamanho não são detectados nos radares. Estes pedaços podem ter o tamanho de um pequeno carro e são muito perigosos e difíceis de ver, especialmente se velejam durante a noite a grande velocidades e com mares alterosos.


A Volvo Ocean Race que acontece todos os 4 anos é uma regata à volta do mundo com 31 250 milhas náuticas e com 9 pernas no seu todo. A 4ª perna tem 6 700 milhas e vai desde Wellington, na Nova Zelândia até ao Rio de Janeiro no Brasil via Cabo Horn.
A C-Core é fundada no âmbito da iniciativa Polar View e faz parte da Global Monitoring for Environment and Security (GMES) iniciativa conjunta da ESA e da Comissão Europeia de forma a estabelecer um sistema de monitorização independente de apoio de acordo com a politica Europeia.

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