Garmin apresenta resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2013

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– A empresa fecha o primeiro trimestre do ano com receitas de 532 milhões de dólares, um ligeiro decréscimo de 4% respetivamente ao ano transato mas que está em linha com as previsões anunciadas pela Garmin no início de 2013.

– Em termos de áreas geográficas, a região das Américas regista a maior estabilidade de receitas, enquanto a Europa, Médio Oriente e África alcançou os 191 milhões de dólares faturados, o que levou a um decréscimo de 4%.

A Garmin acaba de anunciar os resultados do quarto trimestre, que terminou no passado dia 30 de março.

De acordo com Cliff Pemble, Presidente e Chief Executive Officer da Garmin Ltd, o ano ainda está a começar e a Garmin ainda vai ter muito para mostrar em 2013. “Houve segmentos que registaram um ligeiro declínio de receita num primeiro trimestre sazonalmente fraco. Embora este seja um começo de ano difícil, continuamos muito entusiasmados relativamente aos produtos inovadores que vão surgir durante todo o ano. Não escondemos a deceção perante os resultados, mas eles de facto não foram de todo inesperados, pelo que a Garmin continua a gerir o seu negócio em conformidade e continua a estar focada nos seus nossos objetivos, com a liderança de mercado e a rentabilidade no topo da lista”.

Primeiro Trimestre de 2013 – Sumário Financeiro
A Garmin teve um total de receitas no valor de 532 milhões de dólares, o que representa um recuo de 4 por cento face aos 557 milhões de dólares obtidos no primeiro trimestre de 2012. Este valor apresenta a seguinte segmentação por áreas:

– A receita no segmento Automóvel/Mobile caiu 10% para 253 milhões de dólares;
– A receita no segmento Outdoor desceu 1% para os 76 milhões de dólares;
– A receita no segmento Fitness cresceu 2% para os 72 milhões de dólares;
– A receita no segmento Náutico recuou 10% para os 50 milhões de dólares;
– A receita no segmento Aviação subiu 10% para os 81 milhões de dólares.

Cliff Pemble explica que “o primeiro trimestre de 2013 provou ser efetivamente um grande desafio, algo que não era propriamente uma novidade pois já tinha sido previsto quando a Garmin avançou com algumas orientações de negócio em fevereiro passado”. O CEO sublinha que “tal como era espectável, assistiu-se a uma diminuição generalizada de receitas, pelo que entrámos no ano de 2013 cientes da necessidade de gerir de perto todas despesas que são efetuadas”.

O responsável máximo da Garmin destaca ainda o facto de “a publicidade e venda, bem como as despesas gerais e administrativas, terem diminuído em termos homólogos face ao primeiro trimestre de 2012, coisa que não aconteceu com as despesas de investigação e desenvolvimento que aumentaram à medida que a Garmin mantém-se empenhada em produzir inovação futura que possa proporcionar o crescimento a longo prazo tanto no mercado de consumido como no segmento OEM”.

Em termos geográficos, todas as regiões revelaram uma descida nas receitas, com a seguinte distribuição:
– A região geográfica das Américas caiu 3% para os 286 milhões de dólares;
– A região Europa, Médio Oriente e África (EMEA) perdeu 4% para os 191 milhões de dólares;
– A região da Ásia Pacífico (APAC) teve uma quebra de 10% para os 55 milhões de dólares.

A margem bruta subiu para os 52% no primeiro trimestre de 2013, crescendo em termos sequenciais face aos 49% registados no quarto trimestre de 2012 e numa análise ano-sobre-ano face aos 51% verificados no primeiro trimestre de 2012.

Por sua vez, a margem operacional decresceu numa análise ano-sobre-ano para os 15% face aos 16% registados no primeiro trimestre de 2012.

Não menos importante, a geração de free cash flow atingiu os 48 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2012.
Os resultados do primeiro trimestre estão em grande parte em linha com aquilo que a Garmin tinha projetado, com uma contribuição de receitas cada vez maior nos segmentos Outdoor, Fitness e Aviação, que são os mais rentáveis para a empresa. Segundo a análise aos resultados obtidos no primeiro trimestre de 2013, a Garmin é uma empresa que continuará a ser altamente rentável, mesmo quando o seu segmento Automóvel/Mobile apresenta um decréscimo.
A Garmin continua a gerar um free cash flow significativo no trimestre em análise, embora a um ritmo menor face ao que se verificava no período homólogo no ano anterior, o que se deve em grande parte a um pré-pagamento de 41 milhões dólares relacionado com taxas mas que serão recuperados no segundo trimestre. É de realçar que a Garmin encerrou o trimestre com um saldo superior a 2,7 mil milhões dólares em dinheiro e títulos negociáveis, pretendendo financiar o seu dividendo trimestral, a recompra de ações e as aquisições futuras através desta forte posição em termos de caixa.

Referências de Negócio Sólidas
No que diz respeito aos anúncios e acordos oficializados recentemente pela Garmin durante o período em análise, merecem destaque:
– Anúncio de uma relação OEM no mercado automóvel com a Mercedes-Benz, com início em 2013 e que permitirá incluir software de navegação da Garmin na maior parte dos modelos da marca alemã a fabricar até 2017;
– Disponibilização dos equipamentos Approach® S2 para praticantes de golfe e The Edge® 510 e 810 para ciclistas, promovendo a inovação de produtos da Garmin e a liderança em ambas as categorias;
– Anúncio de uma nova relação OEM no setor da aviação com a Enstrom, que irá instalar no seu helicóptero 480B o sistema integrado Garmin G1000H™ para convés de voo;
– Lançamento de um novo sistema de aviónica para aviões experimentais, incluindo uma solução integrada de piloto automático que oferece os recursos mais sofisticados para esta classe de aeronaves;
– Anúncio da nova família GPSMAP® 8000 de Glass Helm para o setor náutico, uma emblemática série de dispositivos multifuncionais que oferece novos recursos, uma interface de utilizador aprimorada e um design único.

Natalia Cabrera, diretora de Marketing da Garmin Iberia, adianta: “estamos bastante satisfeitos e entusiasmados com o anúncio da relação de longo prazo com a Mercedes-Benz, acreditando que abrirá novas portas e mais oportunidades de negócio para a Garmin. Através desta relação iremos disponibilizar soluções de navegação à maioria dos modelos desta importante marca alemã ao longo dos próximos quatro anos assim como todas as novidades de produtos para os vários segmentos Garmin que serão lançados este ano”. A responsável sustenta ainda que “a Garmin está a construir uma forte reputação no mercado de infotainment, e este relacionamento comercial vem destacar o crescente nível de confiança entre os parceiros OEM que a Garmin pode ser um importante fornecedor nessa indústria”.

Apesar da recessão económica estar a dificultar a vida à maioria das empresas, tanto nacionais como internacionais, a Garmin apresenta decréscimos inferiores aos observados no mercado em geral, estando em linha com as previsões anunciadas pela empresa no início deste ano. É verdade que o trimestre, dado a conjetura atual, está a revelar-se difícil, mas isso não desacelera a motivação da Garmin que continua confiante para completar com sucesso os projetos do final do segundo semestre. Os objetivos máximos da empresa continuam a ser a liderança de mercado e a sua rentabilidade.

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