– 34 especialistas, representando os mais diversos sectores e áreas de conhecimento, aprofundaram os três grandes temas em debate Auto-estradas do Mar, À Descoberta do Mar e Recursos e Sustentabilidade.
O Seminário Hypercluster do Mar Que Futuro?, realizado no âmbito do Green Festival, no passado dia 24 de Setembro e, organizado pela Câmara Municipal de Cascais e pela Agência Cascais Atlântico, contou com a parceria da Associação Comercial de Lisboa Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, Universidade Técnica de Lisboa, Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar e SaeR Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco e contou, ainda, com o apoio da AORN Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Associação Empresarial do Concelho de Cascais, DNA Cascais, Instituto Hidrográfico e Instituto Portuário de Transportes Marítimos.
No âmbito deste evento, o estudo do Hypercluster da Economia do Mar que foi apresentado pela primeira vez ao público pelo Prof. Dr. Ernâni Lopes é uma oportunidade única para o desenvolvimento económico de Portugal e o aumento substancial da riqueza nacional. O aprofundamento das potencialidades proporcionadas por este sector, reuniu um conjunto de especialistas, os quais, a partir dos dados do estudo, analisaram as implicações para as suas áreas de negócio e ou investigação.
Dos grandes temas em debate: Auto-estradas do Mar, À Descoberta do Mar e Recursos e Sustentabilidade destacam-se alguns eixos que os especialistas apontam como determinantes para o sucesso de aproveitamento dos recursos marítimos.
Auto-Estradas do Mar
A costa geográfica nacional, e o Porto de Sines em particular, têm infra-estruturas com capacidade de expansão a vários terminais marítimos. Simultaneamente, e de entre os vários benefícios das Auto-estradas do Mar, destacam-se ainda uma menor emissão de CO2 e de ruído. No que se refere à construção e reparação naval é importante que os estaleiros navais sejam dotados de tecnologia de ponta, de forma a fazer face aos mercados asiáticos.
O estuário do Tejo e Mar da Palha, aliados ao clima temperado de Portugal, são uma fonte de oportunidades que não devem ser esquecidas na criação e aproveitamento de sinergias das auto-estradas marítimas nacionais.
À Descoberta do Mar
Neste eixo é essencial que os vários agentes intervenientes, desde faculdades e centros de investigação a aquários e museus desenvolvam e implementem uma política de comunicação e de interacção com o público que deve integrar a educação ambiental, a promoção de uma cultura de conservação da natureza e a inovação tecnológica.
No que respeita à náutica de recreio, houve unanimidade sobre o potencial deste sector, sendo fundamental o seu desenvolvimento através de soluções simultaneamente económicas, amigas do ambiente e socialmente aceitáveis.
Recursos e Sustentabilidade
Para uma maior sustentabilidade do sector das pescas e aquicultura é essencial que os produtos do Mar, detentores de qualidade, passem a ter um preço mais justo.
Ainda no eixo da sustentabilidade marítima há que ter em conta que a energia das ondas constitui uma importante fonte de energia alternativa.
A nível dos recursos marítimos foi destacada a importância na conservação de espécies e sua aplicação, por exemplo, no eco-turismo.
