A Tecninautica, com o apoio da Sucursal de Portugal da Yamaha Motor Europa, organizou nos passados dias 29, 30 e 31 de Julho um evento destinado a promover a utilização de motos de água, numa vertente de lazer, através de programas de navegação em mar aberto. Duas travessias – ilha de São Miguel a Santa Maria e regresso e, uma volta à ilha de Santa Maria. Para além da vertente aventura a iniciativa que contou com a presença de 11 motos tinha, também, a finalidade de apresentar o novo motor Yamaha – o TR1 – que equipa algumas das novas WaveRunners.
Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
Emanuel Oliveira dando as últimas indicações antes da saída de Ponta Delgada.
Pedro Nunes, responsável da Yamaha em Portugal, estava confiante à saída de São Miguel.
Os jovens aderiram à travessia entre São Miguel e Santa Maria numa distância aproximada de 50 milhas náuticas.
Pilotos de competição também estão abertos a travessias sem cariz competitivo.
A segurança das motos de água esteve a cargo de duas embarcações semi-rígidas.
As motos em mar aberto.
As pausas foram essenciais para reagrupar e retemperar as forças.
Ao fundo podemos ver a ilha de São Miguel.
Emanuel Oliveira estava sempre atento a todos os pormenores da travessia.
Aproximação ao porto em Santa Maria.
A chegada à Marina Vila do Porto e fim da travessia.
1º Dia: De Ponta Delgada rumo a Santa Maria
Uma travessia com aproximadamente 50 Mn e que foi efetuada em cerca de 4h 30m. O grupo de 11 motos acompanhadas por dois semi-rígidos de apoio fez-se ao mar com o vulgar entusiasmo que estas ocasiões proporcionam. Mal sabiam eles que uma dura tarefa estaria pela sua frente! As previsões das condições de mar e meteorológicas alertavam para algumas dificuldades mas, como se costuma dizer, só no local é que temos a perfeita noção da realidade. E, essa realidade, eram uma ondulação de 3 a 4 metros, algum vento e, por conseguinte, uma navegação dura e a exigir uma grande concentração.
A progressão das motos e dos barcos foi feita com uma velocidade adequada às condições de mar. Fiquei impressionado com o comportamento das motos de água numa navegação com estas características. Grande estabilidade e uma boa capacidade de manobra. As diversas paragens para reagrupar e aferir do estado dos participantes foram essenciais para manter e fortalecer o espírito de grupo.
A forte ondulação causou alguns problemas a participante com estômagos mais sensíveis!
Com a aproximação à ilha de Santa Maria, as condições de mar e vento melhoraram significativamente. A entrada na Marina Vila do Porto fez-se com sensação de alívio e de missão cumprida.
De manhã procedeu-se ao abastecimento das motos na Marina Vila do Porto.
A calma e boa disposição antes da largada para a volta à ilha de Santa Maria.
Momentos antes da saída da Marina Vila do Porto.
Nos barcos de apoio, a boa disposição foi uma constante.
As condições de mar permitiram tirar mais partido do potencial das motos para o lazer.
A moto de água permite uma utilização em família.
Sandra Cunha, responsável de Marketing e Comunicação da Yamaha, fez a volta à ilha.
As belas paisagens da ilha de Santa Maria.
As inúmeras grutas tiveram um grande impacto nos participantes.
Águas cristalinas e cenário de cortar a respiração!
As águas abrigadas permitiram momentos de convívio.
As “guerras” de água.
Por vezes é necessário fazer uma pequena reparação!
De regresso ao mar aberto.
A frota a entrar na costa Sul da ilha.
As esculturas e as cores da Natureza.
Última paragem antes da entrada na Marina Vila do Porto.
Final do segundo dia com um jantar no Clube Naval de Santa Maria.
2º Dia: À descoberta de Santa Maria
O segundo dia foi preenchido, da parte da manhã, com uma volta à ilha de Santa Maria. Abastecidas as motos, o grupo saiu da Marina para descobrir as maravilhas naturais que a costa da ilha possui. Ao nível das condições de mar, as melhorias eram evidentes o que permitiu explorar as inúmeras grutas e reentanças que a ilha tem, bem como, algumas povoações ribeirinhas. A costa é, normalmente, agreste mas em alguns locais foi muito interessante observar as vinhas plantadas em socalcos e, por vezes, muradas. Um cenário único!
Durante a tarde, a organização e alguns participantes estiveram com motos e barcos na Praia da Formosa a proporcionar às gentes locais a possibilidade de andarem de moto e terem um contacto diferente com o mar. Foram efetuados cerca de 80 batismos de moto de água!
A noite foi passada no Clube Naval de Santa Maria num jantar de convívio entre os participantes onde foram distribuídas algumas lembranças alusivas ao evento.
Emanuel Oliveira (responsável da Tecninautica) fez um pequeno balanço dos dois dias de atividade, falou de futuras iniciativas e antecipou a travessia de regresso a Ponta Delgada.
Foto de despedida da ilha de Santa Maria.
Últimos preparativos para a travessia.
Momentos de interacção com os golfinhos.
As boas condições de mar permitiram que os participantes experimentassem os modelos novos da Yamaha.
Entrada em Ponta Delgada.
Fim do evento com retirada das motos de água na rampa.
3º Dia: O regresso a São Miguel
A largada para Ponta Delgada foi dada às 14h 30m com condições meteorológicas e de mar muito favoráveis. Esta melhorias permitiram ao grupo outro tipo de andamento e uma maior atenção à paisagem. O grupo foi premiado com diversos avistamentos desde a tartaruga a boiar, ao tubarão passando pela navegação junto a um grupo de golfinhos. Realmente, estes mamíferos marinhos têm um poder de cativação junto dos seres humanos que não tem uma fácil explicação. Foram momentos de grande alegria e grande interação! Para além da observação de espécies, os participantes tiveram a oportunidade, nos momentos de paragem, de experimentar as motos dos companheiros de grupo e de as comparar quer ao nível da performance como do conforto. Também aqui ficou bem patente o espírito de grupo e de amizade.
Cerca de três horas e meia após a largada da Marina Vila do Porto, o grupo chegava a Ponta Delgada. Entre a azáfama do retirar as motos da água, colocá-las nos atrelados e as despedidas, já se falava em novas saídas e novas travessias em moto de água!
Emanuel Oliveira foi um organizador eficiente e tinha todas as razões para estar feliz.
Nota final
Foi muito interessante esta minha estada nos Açores para poder estar em contacto com uma nova realidade e forma diferente de estar perante a náutica e o mar. A Tecninautica está de parabéns devido ao trabalho desenvolvido na promoção do gosto pelo Mar que ultrapassa, largamente, o mero interesse comercial.
