Náutica de Recreio à procura de um rumo!

No passado dia 30 de Outubro, em Mafra, a ACAP / Divisão Náutica e a Câmara Municipal de Mafra organizaram uma jornada de trabalho dedicada à Náutica de Recreio que designaram por “ 1º Congresso Náutico de Internacional – Navegar o Futuro”.

Trata-se, sem dúvida, de uma iniciativa construtiva e amplamente participada, que deverá, contudo, traduzir-se em ações concretas.

Alguns destaques e ideias
– A DGRM, através do seu responsável máximo, assumiu publicamente que a instituição não está a cumprir com as suas funções e que está a trabalhar, com outros organismo, no sentido de resolver os problemas (não foi avançada uma data de conclusão dos trabalhos).
– A constatação que temos falta de postos de amarração e que é preciso investir (Estado e particulares) em infra-estruturas. Estes investimentos estratégicos deverão entretanto, ser complementados por outros investimentos de menor peso económico e mais imediatos como obras de manutenção nas infra-estruturas existentes, criação de marinas secas, reparação e criação de rampas de acesso à água, rede de poitas, etc.
– Foi abordada a ligação às universidades e ao conhecimento que elas produzem para o desenvolvimento da Náutica de Recreio. Deveria também ser desenvolvida uma aproximação às instituições de ensino no sentido de criarem programas direcionados à formação de profissionais vocacionados para a náutica.
– A necessidade de o setor ter uma verdadeira “radiografia” sobre o que representa através de um Estudo. Sem sabermos o que o setor vale muito dificilmente o poder político dará credibilidade à Náutica de Recreio e traçar um Plano Estratégico! Continuaremos a ouvir a frase “…Portugal é um país de marinheiros e com uma grande tradição que vem do tempo dos Descobrimentos…”
– A presença de Philip Easthill, Secretário-Geral da European Boating Industry (EBI) foi importante para dar um perspetiva do que se está a fazer na Europa ao nível da Indústria. A European Boating Industry (EBI) mantém um trabalho importante de acompanhamento e pressão junto da União Europeia.
– Por fim a criação, por parte da ACAP, do prémio Farol que este ano distinguio António José Correia e Antero dos Santos. Uma execente inciativa!