Nova marina em Almada

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Está em marcha o projecto da primeira marina localizada na margem sul do Tejo. Nos antigos estaleiros da Lisnave vai nascer um projecto de forte prestígio pensado para captar turismo de elevada qualidade e com 500 pontos de amarração.
A marina funcionará como o projecto âncora da nova Cidade da Água integrada no projecto do Arco Ribeirinho Sul e prevista no Plano de Urbanização de Almada Nascente.
O investimento na marina será feito em regime de concessão e será integralmente suportado por capitais privados.
A apresentação deste projecto foi feita pela empresa Arco Ribeirinho Sul, SA em conjunto com o Fórum Empresarial da Economia do Mar e despertou grande entusiasmo junto de potenciais investidores devido às condições excepcionais que o local apresenta para a náutica de recreio.
Entre os factores de sucesso apontados conta-se a estabilidade dos fundos na zona prevista para a marina. Usando uma carta do séc. XIX percebe-se que houve pouquíssimas alterações no fundo desta área ao longo dos anos, consequência da situação geográfica abrigada, da pouca corrente e resistência ao assoreamento.
Motivos que levaram a que, nos anos 60, esta fosse a zona do Tejo escolhida para instalação dos Estaleiros da Lisnave, com capacidade para receber super petroleiros.
As embarcações vão voltar a animar uma área emblemática da indústria naval Portuguesa.
Os terrenos da Lisnave na Margueira fazem parte do projecto do Arco Ribeirinho Sul, um plano decisivo de valorização ambiental e urbanística de vasto património do estado que está desaproveitado.

Apresentação do projecto
A apresentação da nova Marina de Almada aos investidores serviu, acima de tudo, para ouvir sugestões sobre a forma como o projecto deverá ser desenvolvido e perceber as vantagens comparativas com outras Marinas da Região.
Estiveram presentes, empresas de construção e gestão de marinas, representantes da banca, consultores, além de membros de câmaras de comércio. Aliás a capacidade deste projecto captar turistas e investimento estrangeiro foi realçada por todos os participantes.
O presidente do Arco Ribeirinho Sul SA, Eng. Fonseca Ferreira, lançou um desafio aos privados presentes no encontro para que tenham a ousadia de apostar num projecto que será o primeiro sinal da enorme transformação que o Sul do Tejo vai conhecer nos próximos anos.
“ Queremos valorizar estes terrenos que estão numa situação privilegiadíssima, mas sem utilização coerente e degradados do ponto de vista ambiental e urbano. Temos uma visão para este território: Transformá-lo na porta de entrada do Sul de Portugal e num prolongamento natural de Lisboa, criando uma verdadeira Cidade de Duas Margens com dimensão europeia. O projecto do Arco Ribeirinho Sul é absolutamente decisivo para esta transformação que estamos a liderar. Termos uma marina como projecto motor desta transformação é importante do ponto de vista da economia e do ponto de vista simbólico. Não só acrescentamos valor ao projecto global e damos resposta a uma procura crescente por este tipo de produto, como permitimos o regresso das embarcações à Lisnave, um espaço que tem fortes tradições navais.”
O Eng. Fernando Ribeiro e Castro, secretário-geral do Fórum Empresarial da Economia do Mar
O secretário-geral do Fórum Empresarial da Economia do Mar, realçou a importância deste na economia portuguesa “ se o mar estivesse cotado em Bolsa, valeria qualquer coisa como 10 mil milhões de euros, tanto como a EDP. Precisamos de iniciativas como esta, da Marina de Almada liderada pelo Arco Ribeirinho Sul, para colocar todo o potencial do mar ao serviço do País” afirmou o Eng. Fernando Ribeiro e Castro.
No futuro haverá mais reuniões deste género solicitando contributos para ajudar a moldar o projecto final da Marina de Almada que começa a ganhar forma.

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