Empresário familiar Andreas Müller irá adquirir participação maioritária
Ajuste das capacidades de produção devido a incertezas no mercado global
A HanseYachts AG pretende, com novos proprietários, definir o rumo para um desenvolvimento estável e orientado para o futuro da empresa, tendo em conta os desafios globais atuais.
Estão também a decorrer discussões relativas a um ajuste das capacidades de produção, devido às incertezas no mercado global.
Neste fim de semana, o acionista maioritário de longa data, Aurelius, chegou a um acordo com o empresário familiar alemão Andreas Müller e com o CEO Hanjo Runde sobre um documento de princípios (“term sheet”). Nele foram acordados os principais pontos para a aquisição da participação maioritária detida pela Aurelius na HanseYachts AG. Este documento servirá de base para novas negociações entre as partes sobre a transação e um contrato de compra definitivo.
Andreas Müller e Hanjo Runde unem, assim, os valores do empreendedorismo familiar com uma gestão empresarial orientada para o futuro e adaptada às condições atuais. Encaram também esta iniciativa como um claro compromisso com a orientação sustentável da empresa e com o estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.
A finalização da transação dependerá ainda de outros acordos por parte da HanseYachts AG, nomeadamente com o governo estadual de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, os bancos financiadores e a comissão de trabalhadores. Entre outros pontos, está em causa a reestruturação dos passivos existentes. Sem antecipar o desfecho, estão a decorrer negociações com a comissão de trabalhadores sobre um acordo de interesses e um plano social. As partes estão envolvidas em discussões intensas e construtivas.
Responsabilidade conjunta por uma empresa orientada para o futuro, com impacto global a partir da Alemanha
O Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão partem do princípio de que todas as partes envolvidas estão conscientes da sua responsabilidade e, por isso, estão confiantes de que será possível desenvolver rapidamente um conceito de solução viável. Isto é especialmente relevante tendo em conta que a HanseYachts AG registou um forte primeiro trimestre de 2025.
Com um volume de negócios de aproximadamente 41 milhões de euros, uma margem EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de cerca de doze por cento, e um lucro de dois milhões de euros, fica demonstrado o sucesso do programa de inovação iniciado pelo Conselho de Administração, que resultou numa marca forte e numa posição competitiva de liderança.
Três fatores principais conduzem a consequências estruturais
Apesar destes sucessos operacionais, o setor continua sujeito a pressões significativas.
Identificam-se três causas principais que estão a ter impacto na empresa: em primeiro lugar, a incerteza económica global; em segundo, as condições económicas fracas em mercados-chave como os EUA e a Alemanha; e, em terceiro, os conflitos geopolíticos e confrontos militares em curso. Estes fatores, em conjunto, levam a uma notável relutância no investimento em iates.
Os efeitos da situação económica global sobre a HanseYachts AG manifestam-se com algum atraso em comparação com os concorrentes — resultado do forte dinamismo inovador da empresa e da bem-sucedida renovação de quase todo o portefólio de produtos.
A produção continuará a funcionar a plena capacidade até ao final de junho de 2025 para satisfazer a procura sazonal em curso. Contudo, posteriormente, a produção será ajustada em conformidade com a significativa diminuição da procura, de forma a garantir a estabilidade económica da empresa.
Hanjo Runde: “Encontrar soluções responsáveis em conjunto”
O CEO Hanjo Runde afirma “Com o empresário familiar Andreas Müller, ganharemos um parceiro com visão de sustentabilidade, capaz de apoiar a nossa estratégia a longo prazo. A minha entrada no grupo de acionistas representa um compromisso claro com a HanseYachts AG e com os seus colaboradores, bem como com o estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e a região de Greifswald. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para encontrar soluções responsáveis em conjunto com o estado, os bancos e a comissão de trabalhadores. Encararemos a transformação que se avizinha com a máxima transparência e sentido de responsabilidade.”