Remo: Reviver a tradição no Tejo

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Mantendo uma tradição centenária, o estuário do Tejo, em Lisboa, será palco este sábado de uma competição de barcos históricos da classe Yolle.

As primeiras regatas a remos no estuário do Tejo datam do início do século dezanove, ditando o desenvolvimento de um desporto que foi introduzido em Portugal por influência da comunidade britânica residente na Capital. Toda esta dinâmica decorreu em paralelo com o estabelecimento da vela como modalidade competitiva, criando a massa crítica necessária ao nascimento das primeiras coletividades desportivas dedicadas à náutica. Foi este o caso da Real Associação Naval, que nasceu em 1856 com o objetivo de fomentar a prática da vela e do remo. Cento e sessenta e três anos depois, o mais antigo clube náutico da Península Ibérica – que entretanto mudou de nome para Associação Naval de Lisboa – mantém o mesmo espírito. A prova disso é a organização de mais uma edição do Campeonato Nacional de Yolle, reunindo cerca de 400 atletas de todo o país para mostrar que as tradições são para manter.
A competição decorre amanhã (sábado 28) na Pista da Junqueira, em Lisboa, com largada junto ao museu da Eletricidade e chegada por baixo da Ponte 25 Abril. Arranca às 12h00 com as eliminatórias, atingindo o ponto alto entre as 16 e as 18h30, com as finais.
Originalmente fabricados em madeira, os barcos da classe Yolle quase enfrentaram a extinção no nosso país. Uma parceria entre a ANL e um fabricante nacional – a Nautiquatro – inverteu esta tendência graças à produção de cascos em fibra de vidro e carbono nas configurações de quatro e oito remadores.

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