Rota Transatlântica do “Mirpuri Foundation” – 3º dia

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A meio da rota no Atlântico Norte
19º 46,3 ‘ Norte
43 43,4 ‘ Oeste
TWS – True wind speed – 22-27 nós
TWD – True wind direction – 110º
Velocidade média do barco – 18 knots
Velocidade máxima do barco – 26 knots
Estado do mar – vagas de 5~7 metros
Configuração vélica – Vela grande + A9

5K2A9655_02No comunicado de hoje, o skipper Paulo Mirpuri informou que a tripulação do veleiro “Mirpuri Foundation” atingiu a metade do percurso entre Cabo Verde e Barbados, tendo já percorrido 1060 das 2 000 milhas náuticas. Assim, pelos cálculos do skipper Mirpuri e do co-skipper Johannes Schwarz ainda restam 990 milhas de navegação e a previsão de chegada é no Sábado pela manhã.

Com os ventos alíseos a soprarem estáveis de este-nordeste com força à volta dos 20 nós, a equipa está a velejar a um largo, com velocidade média de 18 nós e máxima de 26 nós. Os tripulantes do turno da manhã (06:00 – 12:00 h), no qual figura o skipper português, realizaram hoje a primeira mudança de bordo na rota para ajustar o rumo para Barbados – uma cambadela (jibe), a complexa manobra com a vela de proa A9 que exigiu a presença de oito tripulantes no convés, inclusive Luis Mirpuri, irmão do skipper.

A manobra foi realizada de maneira tranquila, com ventos do quadrante este com força de 22 nós e mar mais calmo, com vagas entre os 2 e 4 metros. A equipa está a trabalhar bem, com um espírito muito unido. Estamos divididos em dois grupos (A e B) para os dois turnos de 6 horas e os três turnos de 4 horas. Assim todos conseguem obter umas boas horas de descanso por dia.”, detalhou o skipper Paulo Mirpuri.

Com a proximidade de terra já estamos a notar a presença de nuvens mais baixas e um aumento da temperatura. A previsão meteorológica indica que teremos ventos mais amenos conforme formos aproximando-nos da costa de Barbados.”, adiantou o skipper português.

Ao final de cada dia de navegação, por volta das 18:00 h., os velejadores contam com a única refeição quente, geralmente constituída por massa ou arroz com vegetais, além das frutas e snacks consumidos ao longo do dia. “Este tipo de alimentação é adequada para uma velejada como esta, pois durante o dia estamos bastante ocupados no convés a manter as velas afinadas e concentrados no leme para tirar melhor partido do vento e atingir boas velocidades. Ao final do dia é que os velejadores precisam mesmo de uma refeição quente e o nosso cozinheiro italiano Giani Iura tem confecionado ótimos pratos.”, revelou Mirpuri.

O único percalço a bordo foi uma inflamação no bordo da unha do pé (panarício) de um dos tripulantes e o skipper Paulo Mirpuri, que é o médico de bordo, logo tratou com medicação.

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