Rumo a leste, apontados ao Cabo Horn

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Após quatro dias na etapa de 7.600 milhas de Auckland, Nova Zelândia, para Itajaí, no Brasil, houve poucas dificuldades para as sete equipas, pois continuam a seguir cada vez mais para os Mares do Sul.

©Ugo Fonolla/Volvo Ocean Race

©Ugo Fonolla/Volvo Ocean Race

Um vento de nordeste de 20 a 30 nós, garante condições de navegação rápidas e velocidades similares para a frota dos Volvo 65s.

O Vestas 11th Hour Racing percorreu 500,2 milhas náuticas, nas 24 horas que precederam o relatório da posição da 07:00, com os todas as restantes seis equipas com registos similares.

Até agora, o objectivo das equipas foi chegar ao sul o mais rápido possível e passar por baixo de um grande anticiclone, mas hoje as equipas – separadas apenas por 25 milhas – começaram a rodar para leste com a zona de exclusão de gelo a aproximar-se rapidamente.

A rota mais curta e, portanto, tecnicamente mais rápida, verá a frota navegar ao longo da zona de exclusão, marcada pela direção da regata para manter as equipas longe dos icebergs da Antártica.

Às 13:00 UTC, o Vestas 11th Hour Racing caiu para o segundo lugar, tendo passado para a frente o AkzoNobel, enquanto a frota rodou para leste.

“Ainda está tudo muito próximo – nós temos o Dongfeng e o MAPFRE a aproximar-se muito rapidamente, e podemos ver a luz de Brunel a barlavento”, explicou o navegador do Akzonobel, Jules Salter.

“Estamos todos a fazer 22, 23 nós, por isso estamos apenas a 10 ou 15 minutos de distância um do outro. O estado do mar e o vento estão a mudar constantemente, e estamos a tentar encontrar a combinação certa para as velas. O pessoal no convés tem muito trabalho. ”

O próximo desafio a ser enfrentado pelas equipas, chega na forma de uma depressão monstruosa para sul com ventos superiores a 40 nós.

“Definitivamente há mais vento lá na frente”, acrescentou Salter. “Nós também teremos que começar a fazer alguns bordos e vai ser bastante complicado com aquele ventos e enormes ondas. O mais difícil ainda está para vir “.

A tempestade iminente também está na mente de Charles Caudrelier, skipper do Dongfeng Race Team, enquanto a sua equipa segue no quinto lugar.

“Haverá cinco dias difíceis para chegar ao Cabo Horn”, disse Caudrelier. “Cinco longos dias nessas condições, quando estamos perto do limite de gelo, na zona mais fria, com muitas manobras – realmente vai ser muito duro.

“Nós vamos ter que cuidar do barco e dos tripulantes, porque o mar estará muito grande mar, com muito vento e muitas manobras. Esta parte é a pior porque as manobras nessas condições são muito difíceis, mas não temos escolha. Isto são os Mares do Sul.

Além de viver com frio e muita água, a quarta classificada identificou outros problemas para enfrentar.

“Parece que sempre há algo a fazer”, explicou Abby Ehler, do Brunel. “Tivemos algumas problemas no primeiro dia, temos uma pequena bolha no J2 e nosso AIS não está a funcionar, o que é um problema porque não nos permite ver o resto da frota. Estamos a trabalhar para tentar resolver todos estes problemas. ”

Cada equipa procura manter os seus equipamentos na melhor forma possível, antes do temporal dos próximos dias.

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