SpiOuest – Juntou 4000 velejadores eclécticos na Páscoa

0

 Mais de quatro mil velejadores e centenas de barcos esperaram ansiosamente pelo fim-de-semana de Páscoa para se reunirem em La Trinité, na Spi Ouest France Bouygues Telecom e pelos desafios náuticos associados, momentos desportivos e de convívio por excelência.A prova que se desenrolou entre 6 e 9 de Abril é fruto da organização conjunta do jornal Ouest France e da sociedade náutica Trinité-sur-Mer, em parceria com a Bouygues Telecom. Sendo das regatas mais importantes no circuito da vela, abre a época competitiva. Além dos 3800 concorrentes de dez nacionalidades diferentes, contaram-se com 20 mil espectadores neste evento que juntou amadores e profissionais, estrelas e pessoas desconhecidas dos certames, corredores oceânicos e velejadores de domingo. O evento prima, de facto, pela originalidade e eclectismo.
Os quinhentos barcos concentraram-se na baía de Quiberon com percursos costeiros, do tipo banana ou super-banana, divididos em três rondas de regatas, A, B e C. Jean Pierre Blavec, presidente da Trinité-sur-Mer, avançou que “a organização inovou um pouco este ano. Existiram assim três rondas de 180 a 190 barcos, mas, para os barcos maiores, foi feito um percurso offshore de 60 milhas à volta da Belle Ile en Mer”.
 A medida da IRC franco-inglesa permitiu a navegação em conjunto de barcos em série, atribuindo-lhes um coeficiente de acordo com características como a idade, o deslocamento, etc. Na Figaro Bénéteau, foram seis tipologias, o que se tornou insuficiente para navegar em monotipia, que exige 12 barcos. Corentin Douguet, que marcou presença nesta regata, na ronda C (barcos maiores) na categoria IRC 1, desabafou antes da prova: “Em termos desportivos este regra faz-nos esperar pouco desta competição. O nosso rating é demasiado elevado, por isso não temos esperança de ganhar. Esta regra é calculada para barcos de cruzeiro e não para a nossa série. É como fazer a Taça América num barco e 60 pés monocasco, o que é impossível”. Apesar do desalento, o velejador considera que este evento é simpático e útil em termos desportivos. “É uma bela regata e o exercício é sempre interessante. Por outro lado, o anúncio do novo percurso pode livrar-nos a tempo de um jogo arriscado”.
Esta regata foi criada em 1978 por apaixonados do mundo da vela, como Roger Lavialle e Gilles Le Baud. A Spi é um evento incontornável na altura da Páscoa.

Partilhe

Acerca do Autor

A redacção da Náutica Press prepara artigos e notícias do seu interesse, mantendo-o ao corrente do que se passa no universo da náutica de recreio e da náutica em geral, em Portugal e no Mundo.

Deixe Resposta