Fileira do Pescado esclarece

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A propósito de notícias publicadas recentemente sobre um estudo da Global Footprint Network relativo à pegada ecológica do consumo de peixe, a Fileira do Pescado vem esclarecer que:
Portugal cumpre escrupulosamente os compromissos assumidos na Política Comum de Pescas, no sentido de garantir a sustentabilidade dos recursos, o que se traduz no respeito pelos valores de RMS (Rendimento Máximo Sustentável) definido para cada espécie;
A produção comunitária é realizada de acordo com limites de captura anuais – TAC’s e quotas – fixados de acordo com pareceres científicos de forma a garantir a sustentabilidade das pescas;
Segundo relatório da União Europeia, as diversas espécies capturadas pelas frotas desta região respeitam a sustentabilidade dos recursos;
Todo o pescado consumido em Portugal, inclusive o proveniente do Canadá e Noruega, que dispõem dos melhores sistemas de gestão dos recursos do mundo, estão dentro dos limites de sustentabilidade:
Das capturas de pescado produzidas pelas frotas da União Europeia a grande maioria já se encontra dentro dos limites fixados para garantir o RMS;
As capturas que provêm de países fora da U.E. são obrigatoriamente acompanhadas de certificados de captura emitidos pelas entidades oficiais dos países de origem, cuja finalidade é garantir que essas capturas foram realizadas no respeito pela sustentabilidade. Estes certificados são também controlados pela Direcção Geral das Alfândegas e Direcção Geral da Pesca, em cada país da União Europeia, caso contrário a sua entrada não é permitida;
Consumir peixe não só é saudável, como está rigorosamente controlado e supervisionado, através das regras definidas nas políticas de sustentabilidade da União Europeia, resumidas na Carta de Sustentabilidade das Pescarias Portuguesas;
Um estudo do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que compara o impacto ambiental da aquacultura com os impactos ambientais de outros sectores de produção animal, revela que o consumo de Pescado é fundamental para sustentabilidade ambiental.
O peixe converte uma maior proporção dos alimentos que consome em massa corporal, se comparado com outros animais. A produção de 1kg de proteína de peixe requer cerca de 13,5 kg de cereais, enquanto a produção de 1kg de proteína de bovinos requer 61,1 kg de cereais e, no caso da proteína de suínos, 38 kg. – Sandra Castro e Moura, especialista em Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa
Ao optar por consumir pescado em alternativa a outras fontes proteicas animais, o consumidor demonstra um comportamento ambientalmente consciente e, consumindo pescado produzido e/ou capturado em Portugal está a evitar, por exemplo, o transporte de longas distâncias, reduzindo ainda mais as emissões de Gases com Efeito de Estufa.
Com vista à diminuição da Pegada de Carbono, a indústria do pescado nacional tem por objetivo melhorias estratégicas no seu desempenho, entre elas a seleção da técnica de pesca, a otimização da refrigeração e a procura de rações alternativas para aquacultura. Estas estratégias abrem caminho à diminuição dos custos de produção e valorizam as empresas num mercado cada vez mais global e consciente do ponto de vista ambiental.

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