Angel Pilot: A empresa que trouxe as motos de água para o mercado português

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A Angel Pilot, empresa de Alessandro Balzer com sede na Lagoa (Algarve), começou no negócio dos jet skis quando ainda não havia praticamente mercado em Portugal. “Não havia oferta. Cheguei a pensar comprar o meu primeiro jet ski por catálogo”, disse o director da empresa. Hoje, a Angel Pilot tem uma facturação anual de 2,5 milhões de euros e está presente em três localidades, com produtos que vão além das motos de água, como barcos, motores, acessórios e motos 4 e motos, no segmento terrestre.


Capelli

O negócio foi montado em 1990, ano em que abriu uma loja de 35 m² em Portimão. Hoje, convivem três espaços comerciais e um de manutenção em Portugal. O último investimento, de 1,5 milhões de euros, foi exactamente há um ano, quando a loja da Lagoa/Portimão passou a ter “2200 metros de área coberta e mil metros quadrados ao ar livre”, explica o responsável. Em Fevereiro, foi tempo de o reforçar com novas ofertas e serviços, abrindo na doca de Portimão, um espaço para manutenção, recolha, pintura e tratamento mecânico de barcos. A loja vende praticamente tudo o que o consumidor precisa, desde as embarcações, passando pelos acessórios e equipamentos para barcos e motos 4.


Alessandro Balzer

Na capital, a empresa já tem uma loja em São Domingos de Rana, mas prevê uma nova inauguração: “Este ano ficamos com uma concessão na Doca Pesca, onde teremos um armazém e um parque para recolha de embarcações, pintura e tratamento ao nível estético”. Na loja de Faro, maioritariamente ligada ao negócio das motos, o espaço é mais limitado. Actualmente, o grosso das vendas é à custa dos barcos, embora as motos dominem a contabilização em termos de volume, com o segmento de moto 4 a ajudar a impulsionar o negócio. No ano passado, a facturação ascendeu a 2,5 milhões de euros. Ao todo, “foram vendidos 50 barcos, 120 motos de água, 40 moto 4 e 60 motores”, contabiliza …

O começo da empresa veio ligado ao desporto, já que Alessandro Balzer participava em competições com motos de água, categoria em que arrecadou vários troféus. “Na altura tinha uma enorme paixão por aquilo e ganhei vários prémios. Foi nessa altura, que começaram a aparecer os jet skis em Portugal. Começámos com as Kawasaki, Yamaha, Honda. Procurámos marcas e ficámos praticamente com tudo”.


Rio Yachts

Universo de barcos a motor
O crescimento do segmento de motos de água beneficiou a empresa, até que o mercado deu sinais de estagnação. “Até 2001 havia muita procura, mas depois foi caindo com proibições na circulação, acidentes devido à má utilização… E as motos tornaram-se caras porque vendiam pouco.”

A solução para o problema foi a diversificação – apesar de as motos de água com motores a quatro tempos hoje estarem novamente a entusiasmar os consumidores. Primeiro veio o negócio terrestre, com as motos 4 e, em 2001, a Angel Pilot entrou nas embarcações e nos motores. “Começámos só com motores de barcos, primeiro como revendedores, depois como agentes e importadores de algumas marcas.”

Os barcos com motor fora de bordo iniciaram a entrada neste segmento. As vendas cresceram bastante, suportadas pela ligação com a líder Yamaha, que fornece os motores para muitas das marcas representadas pela Angel Pilot. Posteriormente, houve um contacto com a Rio e com a Valiant, barcos com motores interiores e de pesca, lazer ou semi-rígidos. Apesar de importadores da World Cat, a Angel Pilot mantém a Yamaha no centro do negócio, já que representa 50% das embarcações comercializadas. “Vendemos toda a sua gama de produtos e temos encomendas programadas, mas continuamos com um bom stock: 25 embarcações, 20 motos de água e 40 motos 4”, sublinha.


World Cat

Na lista de embarcações, encontram-se marcas com a Obe, Rio, Levant, Sirius ou Jeanneau, oferecendo produtos para gostos e consumidores distintos. A marca Capelli, uma das mais importantes na carteira da empresa, “é vendida através da rede de agentes Yamaha e é uma marca que queremos implantar sobretudo na zona Norte”.

Estratégia para 2007
Alessandro Balzer falou que uma das grandes apostas para a empresa serão os “barcos de pesca da americana World Cat, nomeadamente catamarãs”. O mercado de usados continuará a ser um trunfo porque continua a crescer, quer nas motos de água, quer ao nível de barcos e pesca. Já a abertura de novas lojas não faz parte dos planos próximos, “a menos que seja no Norte. Com a importação é importante termos pelo menos os três pontos de venda”, justifica.

Com a abertura da concessão da Doca Pesca, a meta é pôr o espaço a funcionar e aumentar o negócio de embarcações. A liderança está nas motos água, onde a Angel Pilot tem uma quota de 30%, mas as embarcações saem cada vez mais, especialmente as de maior dimensão, mais procuradas pelos portugueses.


Yamaha

A aposta nas oficinas e no serviço também está entre as prioridades deste ano. “Vamos ter engenheiros nas oficinas, uma equipa maior (já são 16 pessoas) e melhores serviços pós-venda”, conclui Balzer.

Fora dos segmentos tradicionais, a Angel Pilot vai ainda reforçar nas infra-estruturas para marinas, como pontões e berços, um negócio que o responsável admite ter de ser bem trabalhado, tirando partido de material não poluente. O empresário destacou ainda um segmento em crescimento: o do aluguer de motos de água e motos 4 em praias, onde também dão assistência.

www.angelpilot.com

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