LIMATLA: O Norte nos projectos de uma empresa com 25 anos

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Copyright © Texto e foto: Lobo do Mar / Diana Mendes.

A Limatla é uma empresa do Norte com mais de 25 anos. Apesar do notório crescimento, o administrador, Rui Ferreira, não tem projectos megalómanos para o negócio. Às marcas Monterey e Sessa vai juntar-se a Starfisher, mas a empresa quer continuar familiar. O grande objectivo será, agora, ampliar as instalações e as vendas ao Norte de Espanha, tirando partido da boa localização da sede.


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A empresa que combina as palavras Lima e Atlântico fez 25 anos em 2006 e grande parte da comemoração vai passar pelas novas instalações em Braga, região onde se centra todo o negócio desde 1987. “Estamos num ano importante”, sublinha Rui Ferreira. “Estamos a construir um espaço de 5600 metros quadrados de área coberta em Braga, junto ao Centro Empresarial”. A nova loja deverá abrir em 2008, substituindo os vários segmentos e ramos de actividade da Limatla, “antes espalhados numa área de mil metros quadrados”, explica. Actualmente trabalham seis pessoas na empresa, mas a nova loja vai obrigar à contratação de pelo menos mais duas.
A facturação nunca parou de aumentar desde que abriu actividade, com as contas de 2006 a valer 1,5 milhões de euros. O administrador prevê que este ano venha a trazer um aumento de meio milhão ao negócio, “apesar de o crescimento continuar a ser sustentado”. No ano passado, “foram vendidos 40 barcos novos” e, apesar de as vendas de usados não serem significativas, são importantes para assegurar a venda de barcos novos, de acordo com a Limatla. Actualmente, estão em stock cerca de 20 barcos novos e 30 usados.
Apesar de as vendas estarem a crescer, não há perspectivas de alargamento da rede em Portugal, porque “existem mais de dez parcerias em todo o País. Temos agentes que vendem as nossas marcas e oficinas para a assistência ao cliente. Vamos antes trabalhar a marca e apostar em acessórios e na electrónica”, afirma. Se a maior parte dos clientes são portugueses (sobretudo do Norte), há interesse em “apostar na Galiza: Vigo, Pontevedra, Baiona… Há mais de dez mil lugares nas marinas, por isso tencionamos tirar partido desta proximidade”, avança.

Marca nacional no início do negócio
Os primeiros barcos a ser vendidos foram os da Riamar, marca nacional num panorama em que a importação de marcas estrangeiras ainda era reduzida. “Vendíamos barcos de 3,4 ou 5 metros e com 30 a 80 cavalos”, explica o responsável. Mais tarde juntaram-se a italiana Sessa Marine e a americana Monterey. A Monterey entrou em 92, depois de uma viagem aos Estados unidos. A visita a uma feira e às instalações da marca trouxeram a “possibilidade de distribuir a Monterey” que, juntamente com a Sessa, constitui o grosso do negócio actualmente. “Vendemos sobretudo barcos entre 24 e 30 pés da Monterey. Mas este ano foi diferente: passámos a vender mais embarcações de 30 a 35 pés (linha cruiser). Normalmente, as pessoas preferem barcos de 24 a 26 pés de proa aberta, indicados para levar a família.
As linhas da Monterey e da Sessa, sobretudo até aos 28 pés, satisfazem clientes completamente diferentes e complementam-se. A Monterey “tem qualidade, inovação e linhas agradáveis ao gosto europeu. Em 2008, vamos introduzir um modelo de 43 pés”. No caso da Sessa, Rui Ferreira realça os motores fora de bordo e a sua ligação a águas calmas e pouco profundas como as da Ria Formosa ou de Aveiro”. Por isso, e dadas as diferenças de design, diz que “quem gosta de uma das marcas não gosta da outra”.
A procura de barcos de pesca naquela região motivou a introdução da Starfisher, “marca que está também a entrar nos barcos de cruzeiro com flybridge de 27 e 34 pés”, refere o empresário. “Zonas como Esposende ou Viana são ventosas e os barcos desta marca são fechados. Houve uma coincidência de interesses”, admite.

Negócio une pai, mãe e filho
Em 1981, em Viana do Castelo, o pai de Rui Ferreira decidiu apostar no negócio depois de trabalhar durante vários anos nos Estaleiros de Viana. “O meu pai achou interessante montar uma loja de barcos, mas não tinha grandes objectivos a longo prazo, além de aproveitar a criação de duas marinas” nas proximidades, recorda Rui Ferreira.
Naquela altura, as vendas centravam-se na marca nacional Riamar, mas também no segmento de motos de estrada da Yamaha, nas caravanas Vimara e material de jardins. O negócio das motos foi baixando até ser abandonado, mas as motos de água, barcos pneumáticos e outros equipamentos (roupas, calçado, acessórios) vão continuar a estar na mira da Limatla. Para já, a empresa vai participar na Feira de Barcelona, desta vez do lado dos expositores com a Starfisher.

www.limatla.com

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